22 abril, 2008

SOBRE A REUNIÃO DAS ETNIAS

Nesta reunião, a atividade proposta foi conduzida por Val. Foram sorteadas algumas etnias colonizadoras do Paraná. Cada pesquisador ficou responsável por trazer informações a respeito da etnia sorteada. O método de exposição pareceu-nos similar a algumas conduções que acontecem na Oficina Espaço, Corpo e Som, da Campelli. Cada participante teve um tempo limitado de 1 a três minutos para relatar o pesquisado. Após, o Val releu um texto do Afonso Romano que falava do olhar que conduz à poesia. Instigados por este texto, foi-nos pedido produzir um texto poético sobre esta colonização.

Neste tópico ficarão registradas tais produções, como um espaço aberto para discussões e reflexões.


Caminho por uma rua
Que passa em vários países,
Se não me vêem, eu vejo
E saúdo velhos amigos.

(Carlos Drummond de Andrade)


Este poema abriu o encontro desse dia, onde falamos das etnias e construímos poemas. São eles:


“Paraná França”

Quis a França parar na
Terra Franca
Francamente
Para nós
Todos o Paraná
Em tantos caminhos
Trilhados no ir e vir
Na andanças,
Aqui, no Paraná,
Quis viver livre,
Um pouquinho da França.

(Letícia Guimarães)



“Cruzeiro do Sol”

Vim lá da terra do Sol
Nascente entusiasmo
Na terra do Cruzeiro.

(Helio de Aquino)






Vamos para o oeste


Fazer Oktoberfest
Ficar em Curitiba
Ficar na casa da Frida.
No bosque do Alemão,
Comer salsichão.
Se ficar com saudade,
Voltar de Wolksvagen.

(Gabriel Hubner)






“Moinho, Caminho, Painho”


Amigo eu vim de lá
Longe, lá da Holanda
Minha colônia é o Paraná
Na cidade de Castrolanda.

O famoso leite quente
E a farinha dos moinhos
Foi pra Castro com a gente
Inspirando os paizinhos.

Moinho, tulipa
Tamancos de madeira
Até hoje são lembrados
Nas festas fandangueiras.

(Simão Cunha)





“Meu chão é minha terra”

Meu chão é minha terra
Dentro e fora
Em cima e em baixo
Rixa.
Dividir a casa com brancos
Ufanar minha casa como sua
Minha casa não mais minha,
Nossa.
Meu chão, sua casa.
Meu trabalho, sua casa.
Meu suor, sua casa.
Rixa.
Minha língua, minha casa.
Minha música, minha casa.
Cuidado, eu sou tupi.

(Val Salles)



Hoje estou Paraná

De carroça eu vim
Imaginando os pinheiros
plantar o Paraná

Hoje sou Paraná
Em minha carroça
Levo as sementes, os frutos
Alimento Paraná

Hoje sou Paraná
Solo fecundado
Alimento alimentado
Em minha carroça vivo Paraná.

(Fabiana Ferreira)

2 comentários:

Unknown disse...

Caminho por uma rua
Que passa em vários países,
Se não me vêem, eu vejo
E saúdo velhos amigos.

(Carlos Drummond de Andrade)

Este poema abriu o encontro desse dia, onde falamos das etnias e construímos poemas. São eles:

“Paraná França”

Quis a França parar na
Terra Franca
Francamente
Para nós
Todos o Paraná
Em tantos caminhos
Trilhados no ir e vir
Na andanças,
Aqui, no Paraná,
Quis viver livre,
Um pouquinho da França.

(Letícia Guimarães)


“Cruzeiro do Sol”

Vim lá da terra do Sol
Nascente entusiasmo
Na terra do Cruzeiro.

(Helio de Aquino)


Vamos para o oeste
Fazer Oktoberfest
Ficar em Curitiba
Ficar na casa da Frida.
No bosque do Alemão,
Comer salsichão.
Se ficar com saudade,
Voltar de Wolksvagen.

(Gabriel Hubner)


“Moinho, Caminho, Painho”

Amigo eu vim de lá
Longe, lá da Holanda
Minha colônia é o Paraná
Na cidade de Castrolanda.

O famoso leite quente
E a farinha dos moinhos
Foi pra Castro com a gente
Inspirando os paizinhos.

Moinho, tulipa
Tamancos de madeira
Até hoje são lembrados
Nas festas fandangueiras.

(Simão Cunha)


“Meu chão é minha terra”

Meu chão é minha terra
Dentro e fora
Em cima e em baixo
Rixa.
Dividir a casa com brancos
Ufanar minha casa como sua
Minha casa não mais minha,
Nossa.
Meu chão, sua casa.
Meu trabalho, sua casa.
Meu suor, sua casa.
Rixa.
Minha língua, minha casa.
Minha música, minha casa.
Cuidado, eu sou tupi.

(Val Salles)

Unknown disse...

Hoje estou Paraná
De carroça eu vim
Imaginando os pinheiros
plantar o Paraná

Hoje sou Paraná
Em minha carroça
Levo as sementes, os frutos
Alimento Paraná

Hoje sou Paraná
Solo fecundado
Alimento alimentado
Em minha carroça vivo Paraná.

(Fabiana Ferreira)