A CONCLUSÃO...
As dificuldades:
Antes de tudo foi um duro aprendizado. Daqueles que doem, que te tiram a pele. Que você sempre acha que vai jogar a toalha no meio do jogo. Em certos momentos acreditei que eu entraria para o Hall dos que não sobrevivem ao Abração. (ou não sobrevivem a si mesmos?). Pois cumprimente a arte. Que vem sempre berrar no ouvido do artista tudo o que ele quer esconder na solidão.
O que aprendi com o processo de criação coletivo do espetáculo “Estórias Brincantes de muitos Paizinhos”? (E que continuo aprendendo)
A caber dentro de mim mesma.
A entender verdadeiramente o que significa aceitar as diferenças, aceitar os indivíduos simplesmente por “serem”.
Que cada ser é um ser único, um Deus. Um Sol.
A domar minhas inseguranças, libertar minhas travas, quebrar todos os muros que insisto em levantar ao meu redor...
Acreditar, confiar, se entregar cada vez mais para o grupo. Principalmente...
Apesar de continuar acreditando no ser Só/Sol. É impossível negar, o quanto é bom trabalhar e viver nesse grupo, que é mais que um elenco de atores, muito mais que um grupo, muito mais que um clã. O Abração é um país. Um país onde cabe qualquer nação, livre e aberto a todos que queiram compartilhar a arte. No Abração todo mundo é legal (no sentido mais amplo que essa palavra pode ter).
O Abração é o meu país, é a minha família, é minha escola de samba, é minha dor, é minha cura, é o meu conflito, é o meu refugio, é a minha religião, é a minha cachaça...
E repito: apesar de continuar acreditando no ser Só/Sol, aí vai:
“Vou te contar
Os olhos já não podem ver
Coisas que só o coração pode entender
Fundamental é mesmo o amor
É impossível ser feliz sozinho...”
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